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or arte urbana (ou street art) entende-se todo e qualquer tipo de manifestação artística expressa em locais públicos, desde artes gráficas como o grafite, lambe-lambe, pôsteres e cartazes, até danças como hip hop ou folclóricas. As intervenções artísticas comunicam-se diretamente com as pessoas ao integrar seus elementos no espaço público com o objetivo de provocar reflexão e interação. As obras são produzidas onde o público poderá se deparar com a diversidade cultural da sociedade a sua volta. A proposta da arte urbana é justamente sair de lugares destinados à exposição e apresentações artísticas tradicionais (teatros, cinemas, bibliotecas, museus) e espalhar-se pelas ruas. Assim, funde-se com a vida do cidadão através do movimento de transformação e de identificação de seus sujeitos.

 

Não existe uma nacionalidade específica para a arte urbana. Embora muitos considerem seu surgimento na Nova Iorque da década de 70, há quem a veja como uma arte milenar, posto que na Grécia antiga já se praticavam formas de expressões artísticas em lugares públicos. A street art, inicialmente era vista como uma arte marginalizada, no entanto, com o passar dos anos, conquistou uma posição de destaque no mercado cultural. Hoje, muitas galerias mundiais trabalham com a arte de rua dentro de suas paredes.

 

De todos os tipos de arte urbana, a que ganha mais destaque é o grafite, facilmente encontrada pelas ruas de qualquer país do mundo. A palavra “Grafite” tem origem latina (grafitto), que significa “escrita feita com carvão”. Muitos não sabem a diferença entre o grafite e a pichação, uma é baseada em desenhos e escritas mais elaboradas e com aplicação de técnicas, já a outra é o ato de escrever ou rabiscar palavras de ordem ou apenas poder se expressar sem aplicação de técnica específica e geralmente com apenas uma cor, talvez por isso seja considerada vandalismo e contestada por muitas pessoas.

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arte de grafitar surgiu nos Estados Unidos, na cidade de Nova Iorque, quando jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade. No início, como o foco era a simples apreciação da arte, muitos artistas não assinavam suas pinturas. Cada artista possui sua marca identitária nos traços das ilustrações, há também quem trabalhe com personagens específicos.

 

O grafite surge no Brasil também com cunho social, político e artístico. Por ser feito nas ruas, davam voz as pessoas marginalizadas. Na década de 60, o grafite surge como forma de expressão dos jovens que pichavam as paredes com palavras e frases de protesto contra a censura e o modelo político vigente. Um artista marcante nos anos 1960, foi Oswaldo Campos Júnior, mais conhecido como Juneca, que criou uma linguagem artística própria. Suas obras expressavam seus ideais políticos, principalmente contra o ex-presidente Jânio Quadros, que o perseguia.

 

Outro grafiteiro relevante para o cenário nacional foi o africano Alex Vallauri. Mudou-se para o Brasil em 1964 e cativou os amantes dessa arte com desenhos criativos que retratavam situações do cotidiano. Usava técnicas como o estêncil. Seu reconhecimento foi tão grande que suas obras foram além das ruas, ele participou de três bienais de arte. O dia nacional do grafite, que acontece no dia 27 de março, foi criado em sua homenagem no ano de 1987, quando ele faleceu.

 

Mesmo a arte urbana se popularizando em todo país e o grafite sendo uma arte urbana “mais aceita” que a pichação, em 1998 foi sancionada a Lei 9.605, que os criminaliza. Porém, mesmo diante da criminalização, o ato de grafitar e pichar ainda está vivo, seja criticando injustiças sociais ou retratando coisas do cotidiano. Suas vertentes são fortemente enraizadas no cenário nacional. Atualmente, o Brasil possui grafiteiros mundialmente conhecidos como o paulistano Eduardo Kobra e Alessandro Vallauri, Ramon Martins, Gustavo e Otávio Pandolfo (os gêmeos).

rtistas da região

 

Coletivo Camarada:

É uma organização política que atua no campo das artes, da pesquisa, da produção e difusão cultural e das lutas por políticas públicas para cultura.

 

Lucas Lopes:

Estudante do curso de Letras na Universidade Regional do Cariri (URCA), Dj e grafiteiro.

 

Estúdio Caravelas:

É uma casa de ideias onde o imaginário e a técnica se unem para conceber soluções criativas nas áreas de design, mídia e produção cultural.

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Wanderson Cavalcante:

Estudante de Artes Visuais na Universidade Regional do Cariri (URCA) e grafiteiro.

 

 

Junior Cardoso:

Estudante de Jornalismo, na Universidade Federal do Cariri (UFCA), músico e mentor do projeto cultural Praça Musical.

 

Leonardo Zaiatz:

Estudante de Jornalismo, na Universidade Federal do Cariri (UFCA), músico e mentor do projeto cultural Praça Musical.

ATENÇÃO!!

 

O presente trabalho fez um levantamento de algumas das várias obras e formas de expressão da arte urbana na cidade do Crato. Muitas das obras fotografadas e expostas em nossa galeria e vídeo não são assinadas, portanto, não temos o conhecimento de seus autores, sendo expostas para apenas ilustrar as expressões de arte urbana aqui comentadas.

o Cariri, a arte urbana tem como pano de fundo uma fazer artístico voltado para a exaltação da regionalidade e da cultura popular. Seus traços trazem características das xilogravuras vindas dos cordéis, referências ao design dos cortes de couro do artesão Espedito Seleiro, personagens e seres que remetem ao folclore caririense. Além de transitar pelo regional, as artes expressam frases de reflexão contra as repressões sexuais, exaltam a poesia marginal e exploram assuntos políticos que vão desde a preservação do meio ambiente à contracultura.

 

A arte é espalhada no Cariri pelas mãos de coletivos, ONGs , empresas  independentes e artistas desconhecidos, que buscam valorizar na expressão de seus traços a buscar e a reafirmação da identidade de sua região, de suas inspirações e de si mesmos. Para dar um panorama da arte urbana no Cariri, elegemos a cidade do Crato, onde se manifestam vários grupos e artistas independentes. 

 

 

About

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Galerias
Expediente

 

Por:

Giselle Bacurau

Lívia Monteiro

Pollianna Jamacaru

 

Orienteação:

Professora Milene Madeiro

 

Orientação técnica:

Hanna Menezes 

 

 

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